Alianças entre empresas favorecem crescimento e oferta de novos produtos

Soma de competências e recursos financeiros têm contribuído para a expansão dos negócios em vários segmentos.

Soma de competências e recursos financeiros têm contribuído para a expansão dos negócios em vários segmentos.

Maurício de Souza, consultor, mestre em Contabilidade pela PUC-SP e conselheiro fiscal da B3, salienta que alianças estratégicas representam oportunidade crescente para viabilizar investimentos na presente conjuntura da pandemia de Covid-19, na qual há menos recursos disponíveis. “As alianças, que podem ser por meio de join ventures, consórcios, sociedade em cota de participação ou simples acordos operacionais, também possibilitam a soma de competências, ampliando o potencial da oferta de novos produtos e serviços e, portanto, de crescimento das empresas”.

         São muitos os exemplos.  Recentemente foi o caso da aliança do BTG+ business, plataforma de soluções financeiras para micro, pequenas e médias empresas do BTG Pactual, com a fintech JUSTA, visando à abertura de linha de crédito para empreendedores que enfrentam dificuldades causadas pela pandemia. “Outras alianças estão surgindo, associadas ao open banking e arranjo de pagamentos”, enfatiza Maurício de Souza, citando exemplo do Nubank, que lançou um seguro de vida, a partir de R$ 9 por mês, em parceria com o aplicativo Chubb. O Inter, banco digital com 10 milhões de correntistas, também já havia feito algo semelhante, utilizando uma plataforma do mercado para ofertar 16 modalidades de seguros.

         “Esse tipo de aliança também é uma alternativa excelente para pequenas, micro e médias empresas, que enfrentam mais dificuldade de capital e acesso a crédito, para ampliar seus negócios e/ou lançar produtos e serviços”, sugere Maurício de Souza, frisando: “Após vivenciar inúmeros casos, como executivo na área de finanças e risco em grandes bancos, e do desenvolvimento de parcerias e alianças de sucesso – e de alguns insucessos – em vários segmentos, como o varejo, seguros e imobiliário, vi o universo de negócios laterais desenvolver-se de maneira acelerada, com investimentos na geração e gestão de alianças no mercado”.

Confiança mútua é essencial

Um dos fatores de risco para que o modelo dê certo é a confiança mútua entre todos, mas sempre com o estabelecimento de objetivos claros e das responsabilidades de cada parte, além da governança na prestação de contas e do uso de métricas para melhoria contínua dos níveis de serviços, potencializando ao máximo a sinergia, por meio de uma relação de ganha-ganha, segundo o Maurício de Souza. Outro aspecto fundamental é a definição do líder responsável por responder pelo conjunto, mas sempre valorizando todas as partes envolvidas. “As motivações para o crescimento via aliança são variadas, mesmo em empresas consolidadas e líderes em seu segmento, em alguns casos devido às restrições estabelecidas pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), quando sua participação de mercado já está próxima do limite desejável”, explica.

         Maurício de Souza observa que o modelo de crescimento orgânico por meio de aliança, independentemente do porte ou capacidade financeira das empresas, pode viabilizar negócios em qualquer segmento. “Trata-se de uma opção concreta, viável e necessária no presente cenário econômico”, conclui.

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